segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Menina que Roubava Livros - Resenha #2


Nome: A Menina que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Número de Páginas: 480
Editora: Editora Intríseca

Sinopse: A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.


Resenha: Tive a oportunidade de ler este livro no meio do ano passado, e aproveitando que agora saiu o filme ( Que por sinal ainda não assisti, mas estou muito curiosa quanto a ele) resolvi escrever sobre ele.

Logo na primeira página, já tive uma grande surpresa, quem narra o livro inteiro é ninguém menos que a Morte. No começo achei que o livro teria um toque de terror, mas o autor acabou deixando de um jeito que em alguns momentos a narração da Morte se torna até divertida, pois ela é sarcástica e não é tão má assim, tanto que ao passar da história ela acaba se interessando e se envolvendo emocionalmente com a personagem principal Liesel Meminger, além de ser uma personagem simples, que nos faz refletir bastante o quão duro é seu trabalho.
Porém houve um aspecto que eu não gostei nesta narração, em muitos momentos ela se adianta em dizer qual personagem irá morrer por exemplo contando até detalhes, isso muito antes de acontecer, por conta disto o livro acabou perdendo boa parte da 'graça'.

"Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo."

É difícil falar mais sobre a personagem principal sem spoilers. Ela é uma criança. Aprendeu a amar seus pais adotivos. Como toda criança tem amigos e Rudy é o seu melhor amigo, como um desses namorinhos infantis. Ela é pobre e sofre como qualquer criança que não tem quase nada e vive com fome por falta de comida, Mas é guerreira e não se deixa subjugar. Não é a história sobre uma vítima, é a história sobre uma lutadora.
Com os livros que rouba ela aprende a ler com dificuldade e pouca ajuda. Mas a dificuldade faz ela se aprofundar nos livros muito além das histórias.
Outras pessoas são marcantes na vida de Liesel, como Max Vanderburg, o lutador judeu com quem compartilha os pesadelos; Ilsa Hermann, a mulher do prefeito, que divide com a menina o amor pelos livros e sua biblioteca; entre outros que influenciam de uma forma ou outra a vida da roubadora de livros. 
“Uma ideia bonita:
Uma, roubava livros.
O outro, roubava o céu”

Outra coisa muito bacana desse livro é que mostra todos os lados da guerra. Há os judeus, os alemães contrários a Hitler e os nazistas. Suas histórias misturam-se, num emaranhado complexo que era a Alemanha nazista, onde todos sofrem de maneira igual. 
Dá pra aprender muita coisa sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre Hitler pois o livro conta com uma riqueza de detalhes impressionante.

“Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.”

Enfim, não é uma leitura fácil, em vários momentos eu achei o livro um bom tanto cansativo, mas mesmo assim vale a pena pois a trajetória de Liesel é muito bonita!!

Assim que tiver oportunidade, assistirei ao filme e espero que ele não fuja  muito do contesto do livro!!


Espero que tenham gostado!
Até a próxima!!!
;**

2 comentários:

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